"Mas precisamente porque o amor é tão forte, nós geralmente não somos fortes o suficiente durante nossa juventude (quero dizer, 17, 18, 20 anos) para conseguir segurar firme nosso leme.
Veja, as paixões são as velas do barquinho.
E alguém com vinte anos abandona-se inteiramente a seus sentimentos, apanha vento demais nas velas e seu barco faz água - e naufraga - a não ser que ele se recupere.
Alguém que em compensação iça em seu mastro a vela "Ambição" e singra direto pela vida, sem acidentes, sem sobressaltos, até que - até que enfim, enfim aparecem circunstâncias que o fazem observar: não tenho velas o bastante, e diz então: daria tudo o que tenho por um metro quadrado de vela a mais e não o tenho. Ele se desespera.
Ah! mas então ele reconsidera e imagina poder utilizar uma outra força; ele pensa na vela até então desprezada que sempre tivera guardada no porão. E é esta vela que o salva.
A vela "Amor" deve salvá-lo, e se ele não a içar, ele não chegará nunca."
Veja, as paixões são as velas do barquinho.
E alguém com vinte anos abandona-se inteiramente a seus sentimentos, apanha vento demais nas velas e seu barco faz água - e naufraga - a não ser que ele se recupere.
Alguém que em compensação iça em seu mastro a vela "Ambição" e singra direto pela vida, sem acidentes, sem sobressaltos, até que - até que enfim, enfim aparecem circunstâncias que o fazem observar: não tenho velas o bastante, e diz então: daria tudo o que tenho por um metro quadrado de vela a mais e não o tenho. Ele se desespera.
Ah! mas então ele reconsidera e imagina poder utilizar uma outra força; ele pensa na vela até então desprezada que sempre tivera guardada no porão. E é esta vela que o salva.
A vela "Amor" deve salvá-lo, e se ele não a içar, ele não chegará nunca."
Vincent Van Gogh
Etten, 12 de novembro de 1881
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