BALADA
Amei-te muito, e eu creio que me quiseste
Também por um instante, nesse dia
Em que tão docemente me disseste
Que amavas´ma mulher que o não sabia.
Amei-te muito, muito! Tão risonho
Aquele dia foi, aquela tarde!...
E morreu como morre todo o sonho
Deixando atrás de si só a saudade...
E na taça do amor, a ambrosia
Da quimera bebi naquele dia
A tragos bons, profundos, a cantar...
O meu sonho morreu... Que desgraçada!
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E como o rei de Thule da balada
Deitei também a minha taça ao mar...
(Florbela Espanca)
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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