domingo, 22 de março de 2009

por Fernando Bakos

Recebemos do artista, e querido amigo, Fernando Bakos este comentário sobre a estréia da peça.
Muito obrigado, estamos lisonjeados!

"Em 2008 pude estar perto e sentir a energia criativa transbordante de artistas como Richard Serra, Philip Glass, Robert Wilson, Daniel Libeskind, David Lynch, Laurie Anderson e Meredith Monk.
Alguns dos meus ídolos máximos no panteão de gênios eternos. Transgressores e libertários de linguagens em suas realizações.
Depois de assistir fascinado a estas pessoas discursando e atuando com uma integridade e originalidade exemplares, o ano não poderia ter se encerrado de melhor forma.
Assistir a estes gênios é sempre um prazer, reconhecer como sustentam sua postura criativa com sabedoria e elegância. Contemplar a reafirmação de sua genialidade é uma satisfação para a alma.
Seria quase melancólico vê-los chegar e partir levando consigo suas experiências, sem deixar marcas, rastros e transformações (como parece geralmente ocorrer nesta cidade, estado, país, continente, hemisfério - não tenho mais certeza se é um fator geográfico). Então ter estado na platéia do Theatro São Pedro para assistir a Teresa e o Aquário ao final do ano, com todas estas presenças na memória foi uma afirmação definitiva de que fica um rastro, que há ainda um grupo pensante e atuante aqui que absorve, reflete, repercute e discute a herança artística deste grupo de gênios.
Vi no palco um pouco de cada e mais uma infinidade de referências e coerências com o que admiro de melhor de todas artes.
Que felicidade. Posso dizer que talvez uma alegria maior do que ter recebido "as matrizes", foi saber que aqui elas frutificam com a qualidade e vitalidade visiveis em Teresa e o Aquário."

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