sábado, 25 de abril de 2009

Comentário da MAriana MEssias! =D

Falar de amor é tipo filosofia de futebol. Eu fujo correndo chorando e gritando NÃO, SOCORRO, JASON ESTÁ ATRÁS DE MIM! Mas, vez por outra, surge um Scolari e eu me sento num banquinho pra ouvir as sábias palavras do mestre e ponderar.

Dia 10 de abril eu sentei em um banquinho e vi Teresa e o Aquário, nova peça do João Ricardo e da Cia de Espaço em Branco. O banquinho foi metafórico, siliga.

Meu problema com falar de amor não é que não acredite em amor per se, é que não acredito em falar de amor, mesmo. Atribuir um sentido universal ao que está longe de ser universal é besteira, me cansa, me envelhece, me abate e me amargura.

Eu sei que sempre cito o Corsinho, mas o negócio é que paro de citar quando achar que entrou na cabeça de todo mundo, logo: Vocês precisam sentir, é lindo sentir. E, veja bem, eu sinto muito. Nós, pessoas cheias de sentimentos mas que não nos portamos como melancólicos donos do pathos Los Hermanos, somos um tipo de rato. Nossa presença não pega bem em sociedade, todos disfarçam que existimos e nosso comportamento é considerado insalubre, entre outras coisas. O mundo é dos micareteiros ideológicos e dos sofridinhos por estilo.

O lance é que viver em paz com o fato de que eu gosto de ter sentimentos docinhos, não os nego, tento não fugir deles correndo, não chegou a ser um dilema quando eu sentei no meu banquinho pra assistir Teresa e o Aquário, que não é exatamente sobre sentimentos docinhos, como eu vejo.

Talvez porque o caminho dos sentimentos docinhos seja trabalho longo e árduo, ie, cheio de sentimentinhos confusos, chatos, egoístas. Mas vá, o caminho de uma pele boa inclui dois tipos de sabonete, adstringente, três cremes e eu faço isso mesmo assim, né. Cada um sabe o valor de sua busca. Hshshshs.

Além do mais, a trilha ao vivo do Roger Canal, que era da SOL, arrasa em trompeteiras quase sacras.

E eu acho que minhas incautas palavras não chegam perto de honrar a meta desse post, mas eu queria mesmo avisar vocês que vale a pena tirar suas bundas de casa e ir ao teatro ver Teresa e o Aquário, que é um espetáculo irônico, divertido, catártico e muito bonito. E que produções de qualidade deveriam ser apreciadas por pessoas de qualidade e, quem melhor pra isso que vocês, nobres leitores. Hshshshshs.

Claro, infelizmente, o convite é só pros de Porto Alegre (e vai até dez de maio). Por enquanto. Quando rolar tour eu aviso, pódexa.

Era isso, siligão.

Por MAriana Messias


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