sexta-feira, 29 de maio de 2009

TeresA VoLta à CartaZ em JuLho!!

Teresa e o Aquário faz nova temporada em 2009 no mês de julho.

No Espaço OX do Bar Ocidente
:: Rua João Telles, esquina Osvaldo Aranha
:: Porto Alegre RS Brasil

sempre às quartas-feiras, de 01 a 29 de julho.

Atenção para o horário!!
21h30 inicia a peça!
O bar estará aberto 1 hora antes.

R$ 15,00
valendo uma cerveja

terça-feira, 26 de maio de 2009

Bob Wilson





o peixe le

"(...)
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?"

Leminski

domingo, 24 de maio de 2009

SubMissão ao Processo

"O processo de escrever é feito de erros - a maioria essenciais - de coragem e preguiça, desespero e esperança, de vegetativa atenção, de sentimento constante (não pensamento) que não conduz a nada, não conduz a nada, e de repente aquilo que se pensou que era 'nada' era o próprio assustador contato com a tessitura de viver - e esse instante de reconhecimento, esse mergulhar anônimo na tessitura anônima, esse instante de reconhecimento (igual a uma revelação) precisa ser recebido com a maior inocência, com a inocência de que se é feito. O processo de escrever é difícil? mas é como chamar de difícil o modo extremamente caprichoso e natural como uma flor é feita. (...)"
Clarice Lispector

aCOMpanhada

Acompanhada do silêncio, o suspiro do tempo,
agonia do pensamento. O desejo do sentimento
de que não seja tão lento este movimento solitário.
Contrário de alegria.
escrever me faz compania.

o esquerdo a esquerda de qualquer lugar

Sociofoia


Me transformem em uma estátua ou me libertem da cultura do terceiro mundo
;)

sexta-feira, 22 de maio de 2009

ah, se eu pudesse me atirar do telhado
e nunca alcançar o chão;
cair cair cair
deitada no vento...
ventila dor


(desenho de Nina, presente de Paulo Azevedo)

quarta-feira, 20 de maio de 2009



Lisandro:

eu tinha oito ou doze anos de idade a minha MÃE estava sentada na escada de casa, esperando meu pai, eles iam a um casamento. A minha MÃE estava linda, tinha um vento leva que mexia os cabelos dela, mas tinha água nos olhos da minha MÃE. O meu pai chegou e eles foram embora. Eu corri pro quarto dela, me tranquei lá me agarrei no roupão que ela estava usando e senti o cheiro da minha MÃE. Naquele momento a água dos olhos dela passou para os meus. Desde aquele momento essa água me acompanha.

terça-feira, 19 de maio de 2009

HEiner Muller dando a real!


“Brecht acreditava que o teatro épico [...] só seria possível quando acabasse a perversidade de se fazer de um luxo uma profissão - a constituição do teatro a partir da separação do palco e platéia. Só quando se elimina isso, ou quando é essa a tendência, é possível fazer teatro com um mínimo de dramaturgia, portanto quase sem dramaturgia. E é isso que se trata agora: produzir um teatro sem esforço. Quando vou ao teatro, noto que para mim é cada vez mais entediante acompanhar em uma noite o decurso de uma única ação. Isso realmente não me interessa mais. Quando começa uma ação na primeira cena e na segunda se segue outra completamente diferente e depois começam uma terceira e uma quarta, isso é divertido, agradável, mas não é mais a peça perfeita”
Heiner Muller

segunda-feira, 18 de maio de 2009

ConCHinhas de PistaCHe

LaBiriNto

A decisão - a opção de apagar-se
sou lida só lida solidão

esquivar-se sem rastro
ou rabisco arriscado

a caneta na mão:
cada sílaba ci-la-da pa-lavra leva
o infinito conflito,
a revelação.

não leia me lembre de calar,
secar a tinta dos tentáculos,
polvo-ra para iluminar
Queimar o papel, desfazer.
Não esquecer, transformar.


quinta-feira, 14 de maio de 2009

O homem que comia tatuíra, e a espuma

Quando ela nasce seu corpo está enterrado na beirinha, apenas os cabelos para fora. Ele encontra os fios e começa a puxá-los até desenterrar o corpo de uma mulher - a cabeça e o corpo. Quando seu rosto sai da areia lamacenta ela acorda e não consegue respirar o ar. Asfixia e entra no mar, coloca a boca e o nariz na água rasa e deixa apenas os olhos para fora, que olham para ele. Eles estão nus. São selvagens, pré-humanos. Assim que ela resolve tirar o rosto d´água, como ele, de um golpe é puxada com força pelos cabelos para a terra. Ela asfixia novamente, e ele bate em suas costas, e ela então respira forte e chora como um bebê. Vê a morte e nasce.
Glup



escultura de Anja Vosdingh Bessem
http://www.robbohle.nl/20gal-alg/01ovbeelden01nl.html

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Catei no google um comentário legal!

"O teatro quer ser repensado, relançado, retomado. Não podemos nos satisfazer com sua letargia, nem aceitar sua extinção. Cada qual pode inventar os meios desta recuperação, que são incontáveis."
Denis Guénon

Somente uma peça assim pra me trazer de volta ao perigoso mundo da crítica teatral. Deixei para o último final de semana da temporada, mas não para o último dia, e fui ver TERESA E O AQUÁRIO, novo trabalho do diretor João de Ricardo. Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito num sábado. A peça é simplesmente encantadora. Não percebi o tempo passando, embora quando acabou eu achasse que era mesmo chegada a hora de acabar. Precisão, talvez esta seja a palavra. João de Ricardo manobra com precisão cada um dos elementos cênicos. Atores, iluminação, trilha sonora, tudo é tratado com carinho e com a importância devida na constituição do espetáculo. Criatividade, talvez seja a palavra, porque João e com certeza toda a sua afinada equipe (atores, dramaturgo, multimídia, etc) esbanjam na criação de imagens que causam forte impacto sensorial em seus espectadores. Achados maravilhosos. Propostas radicais, ousadia. Ousado, talvez seja a palavra. Ousado. Isso. Achei que era um espetáculo que ousava em tudo e em cada uma de suas propostas. Da utilização de imagens ao trabalho de ação vocal dos atores; da dessacralização destes mesmos atores ao arrojos experimentais da trilha sonora. E viva a ousadia!! Fazia tempo que uma peça não me provocava tanto. No marasmo desértico que anda o nosso teatro, ver a peça do João é como chegar num oasís. A construção dramaturgica de Diones Camargo é raro brilho, principalmente na voz e no corpo dos atores. Lisandro Belotto com um trabalho honestíssimo, entrega total. Irretocável. De Sissi Venturin só me queixo do cabelo sobre o rosto o tempo inteiro como em Andy/Edie. Maravilha. Parabéns a todos pela realização. Este é sem dúvida o melhor trabalho realizado dentro deste concurso do Palco Habitasul. Este é o melhor trabalho realizado pelo João até agora. Não vi Extinção. Mas vi Andi/Edie. E vi a inovadora montagem de A Serpente. A peça fica com a gente, fica na gente. Remexeu o meu aquário de imagens, recordações, situações. Teatro puro.
Publicado no blogue:
http://modestofortuna.blogspot.com

Espaço em BRANCO




http://www.katherinedutiel.com/series/the-white-room/

segunda-feira, 11 de maio de 2009



http://gprime.net/images/sidewalkchalkguy/

1o Episódio da Série : : PoeMinHas da BAR : :

Um arco-íris colorido
nocauteia minha espinha.
Caminha até o outro lado;
do peito derrama o pote
de alma derretida.
Dolorida

(Sissi e JdR)

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HAI-KAI:
Homens de paraquedas,
feitos de urina,
descem pela minha vagina.

(Kalisy)

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Lembre que ligeira a idéia lida
lambe o pensamento alheio.
Tormento leve,
lamento livre.
Língua que lance sofrimento,
será cortada ao meio!

(Sissi)

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um parangolé de pele humana

(João de Ricardo)

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Chove ouro
mas nada em mim uma água calma
bebo lágrima
lavo alma
beijo lodo
be S.ouro

(Sissi)

(Aquavit Bar, Porto Alegre RS Brasil, 2 de maio de 2009)


Anilinas no mar. A-COR-DE AMOR!

O marasmo de amar;
a asma do mar.
Não respira, aspira a fina dor,
enfia endorfina.
Desfalece, esquece.
Se pudesse, falecia.

(escrito para AMORTE em 8 de maio de 2009)

sonhei que flutuava

Sonhei que eu flutuava, que saía do elevador e pisava no vazio alto de um lugar enorme de mármore. Eu estagnava no ar com o susto do passo apressado. E ficava ali, congelada, optando em pular no lustre ou escorregar pela parede externa do elevador. Era alto.
Num golpe me atirei como um sapo na parede, as mãos molhadas, e deslizei lentamente pela pedra fria até chegar no chão.

amigos e imagens II

presente de brumno...

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Do conceito de substância: arte-vida por J. Beuys




“My intention with this work was to recall my point departure and with it the experience and feeling of my childhood. It acts as a kind of autobiographical key: an object from the outer world, as solid material thing invested with energy of a spiritual nature. You could call this substance, and it is the transformation of substance that is my concern in art, rather
than the traditional aesthetic understanding of beautiful appearances. If the creativity relates to the transformation, change, and development of substance, then it can be applied to everything in the world, and is no longer restricted to art…”
J. BEuys

Eu não sou Teresa eu sou...

Uma sopa de dentes mastigada lentamente
Um trator na beira do abismo
A minhoca no bico do pássaro na boca do gato
Urro bestial enquanto explodem os fogos do ano novo
O arco-íris me quebrando a espinha
A pedra num sono sem luz
Um urso polar engasgado com uma lata de coca-cola
Nuvem radioativa derretendo a pele da cidade púrpura
Chuva de canivetes chuva de sapos chuva de sangue
Chuva de leite e mel tão doce como qualquer veneno
Tsunami na piscina do condomínio
Artérias bombeando lama
Moscas nas mãos de meninos travessos
A torre dolorida pelos aviões e pelos raios
Um exército enterrado vivo
Godzila na geriatria
A abdução de qualquer sentimento
Lamber um osso até virar palito

quarta-feira, 6 de maio de 2009

JAmacy

Vivia na maravilhosa China um bicho tubarão, bruto e cruel, que mordia tudo, e virava tudo em carvão. Pra acalmar a fera, os chinês fazia todo dia uma oferenda com sete gato maracajá que ele mordia antes do pôr do sol. No ímpeto de por fim a tal ciclo de barbaridades chegou Jamacy, uma entidade da floresta da tijuca. Ela corria pelos matos e avoava pelos morro. E Jamacy virou uma onça dourada, de jeito macio, de gosto delicioso(grrr) e começou a brigar com o tubarão, por 1001 noites. No final, a gloriosa Jamacy e o furioso tubarão já estavam tão machucados que ninguém sabia mais quem era um, quem era outro. E assim, eles viraram uma coisa só: a mulata do balacochê

do filme madame satã

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Clip "Honey Honey" (Feist)

Infelizmente este video não está disponível no Youtube para incorporar.
Mas é lindo, vale a pena ver!
Entre no Youtube aqui e veja o clip Honey Honey!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

duas últimas semanas em cartaz!!

TERESA E O AQUÁRIO
está em temporada até 10 de maio!!!

Sala Álvaro Moreyra do Centro Municipal de Cultura
(Rua Érico Veríssimo 307)

Sextas e Sábados às 21h
Domingos às 20h

Ingressos:
R$ 20,00
R$ 10,00 estudantes, idosos e classe artística
R$ 16,00 Clube do Assinante ZH