quinta-feira, 29 de outubro de 2009

um peixe chamado lynch

O desejo por uma idéia é como uma pescaria. Quando se pesca, é preciso ter paciência. Você coloca a isca no anzol e depois espera. O desejo é a isca do anzol que atrai o peixe, ou seja, as idéias. O bom disso é que, quando se pega um peixe do qual se gosta, mesmo que não passe de um peixinho – o fragmento de uma idéia -, ele atrai outros peixes, e todos acabam sendo pescados. E se está então no caminho certo. Logo haverá mais e mais fragmentos, fazendo emergir a idéia completa. Tudo isso, porém, começa pelo desejo.

David Lynch ("Em águas profundas")



(pintura de J. Vincent)

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Sachiko Kodama, Yasushi Miyajima - Morpho Towers

Esta postagem foi feita pelo Bruno no blog da nova peça da Cia, "Homem que não vive da glória do passado" : www.homemquenao.blogspot.com
Faz tempo... mas só hoje eu vi!

achei tão aquáticoherbívorometálicomecânicohumanocaleidoscópicofemininomasculino...



atravessando o oceano misterioso

quando os mortos voltam...




~~~ água viva ~~~

E se eu digo "eu" é porque não ouso dizer "tu", ou "nós" ou "uma pessoa". Sou obrigada à humildade de me personalizar me apequenando mas sou o és-tu.
Sim, quero a palavra última que também é tão primeira que já se confunde com a parte intangível do real. Ainda tenho medo de me afastar da lógica porque caio no instintivo e no direto, e no futuro: a invenção do hoje é meu único meio de instaurar o futuro. Desde já é futuro, e qualquer hora é hora marcada. Que mal porém tem eu me afastar da lógica? Estou lidando com a matéria-prima. Estou atrás do que fica atrás do pensamento. Inútil querer me classificar: eu simplesmente escapulo não deixando, gênero não me pega mais. Estou num estado muito novo e verdadeiro, curioso de si mesmo, tão atraente e pessoal a ponto de não poder pintá-lo ou escrevê-lo.(...) É um estado de contato com a energia circundante e estremeço. Uma espécie de doida, doida harmonia. Sei que meu olhar deve ser o de uma pessoa primitiva que se entrega toda ao mundo, primitiva como os deuses que só admitem vastamente o bem e o mal e não querem conhecer o bem enovelado como em cabelos no mal, mal que é bom.
(...)
E depois saberei como pintar e escrever, depois da estranha mas íntima resposta. Ouve-me, ouve o silêncio. O que te falo nunca é o que te falo, e sim outra coisa. Capta essa coisa que me escapa e no entanto vivo dela e estou à tona de brilhante escuridão. Um instante me leva insensivelmente a outro e o tema atemático vai se desenrolando sem plano mas geométrico como as figuras sucessivas num caleidoscópio.

Clarice Lispector


segunda-feira, 19 de outubro de 2009

HORA EXTRA - CineEsquemaNovo

Hoje, segunda-feira, 19 de outubro
20h30
no 3o andar da Usina o Gasômetro

Projeção fotográfica de Leonardo Remor + música de Sissi Venturin

entrada franca

CineEsquemaNovo 2009

O Festival CineEsquemaNovo 2009 começou!

O curta-metragem "Sobre um dia qualquer" de Leonardo Remor, no qual eu atuo, está na programação:
22 de outubro, 21h - Sala P.F. Gastal
23 de outubro, 17h - Cine Santander Cultural

Este filme ganhou cinco prêmios na Mostra Gaúcha do 37o Festival de Cinema de Gramado:
Direção para Leonardo Remor
Atriz para Sissi Venturin
Direção de Arte para Guilherme Pacheco
Fotografia para Matheus Massochini
Montagem para Marcos Lopes

entre na programação de curtas aqui
entre no site oficial do CineEsquemaNovo aqui

Eu também estou na vinheta do Festival, dirigida por Mariana Xavier, com Zeca Brito!
rrrsss

terça-feira, 13 de outubro de 2009

exposiçao na UFRGS

A Exposição abaixo está acontecendo no Campus Central da UFRGS, na casa pequena, que está na Osvaldo Aranha antes do viaduto que leva para a rodoviária. Bem ali na entradona do campus maior!

Se não me engano o nome da exposição é algo tipo, Nossa Casa o Espaço... enfim...

for free, é só chegar e entrar!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Sedna tmbm é um planetoide que se aproxima da terra em cilcos de 10.000 anos


Sedna (mitologia)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa


Sedna é uma das principais deusas inuit, é conhecida como a Mãe dos Animais Marinhos.

Várias são as lendas sobre a origem de Sedna e todas tem em comum o fato dela ser uma bela jovem humana vivendo com seu pai.

De acordo com uma dessas lendas, Sedna surgiu como uma mortal, que foi seduzida por um belo caçador em uma canoa. Quando ela embarcou na canoa, percebeu que fora enganada, pois o belo rapaz se revelou como um espírito-pássaro e a obrigou a se casar com ele.

O tempo passou e o pai de Sedna foi visitá-la, percebendo que sua amada filha morava num lugar imundo. Ele a colocou num barco, para fugir de volta para seu lar. Porém, o espírito-pássaro invocou uma tempestade ártica para frustrar a fuga.

Então o pai se desesperou e jogou Sedna ao mar. A jovem, contudo, se agarrou na borda do barco e seu pai se sentiu obrigado a cortar seus dedos. Os dedos cortados se transformaram em animais marinhos, como focas, baleias e morsas.

Sedna foi morar no fundo do mar, de onde reina sobre os animais marinhos.

Outra versão do mito explica que Sedna, uma moça jovem e muito galanteada pelos jovens do povoado onde vivia, nunca aceitava seus pretendentes - até que se apaixonou por um cachorro e com ele casou.

Os jovens pretendentes, raivosos, levaram a moça para o mar dentro de uma canoa e a jogaram nas águas geladas. Para se salvar, Sedna agarrou-se na lateral do barco, mas os homens cortaram seus dedos para que ela morresse afogada.

Quando seus dedos caíram no mar, transformaram-se nas primeiras focas e outros seres marinhos enquanto Sedna ia para o fundo, onde se transformaria na Rainha dos Seres Marinhos.

Sedna, devido ao grande sofrimento pelo qual passou, tornou-se rancorosa, e quando alguém a ofende ela prende todos os animais para que ninguém possa pescar nem caçar. Um homem bravo, com poderes de xamã, deve então ir até o fundo do mar para pentear e desenbaraçar os cabelos de Sedna - sujos e lodosos pelos pecados humanos que afundam na água. Sedna fica agradecida ao ter seus cabelos limpos e arrumados em duas grandes tranças e, por isso, liberta os animais para que a humanidade possa se alimentar outra vez.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A Lã Inicia Caminho Espelhado

Tenho o costume, quase infantil, de acreditar nas coisas...


terça-feira, 6 de outubro de 2009

me and marcos and nadya

Filme "Longe de Casa" de Maria Clara Bastos.
Filmamos em 2008 para o curso de cinema da PUCRS!

Amigos e videos...

Bruno pescador

wish...

entre entre, saia, saia, saia, saia, saia, entre entre entre entre, saia, saia, saia, saia, saia, entre na saia



(imagem de Li Wei)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Amigos e Imagens ...

Presente de Douglas Dickel...



adoro no douglas que ele envia imagens masculinas para este aquário!!

(foto de Pierre Whinter)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ato Show - FORA Yeda



04/10
15h
em frente ao Shopping Praia de Belas


Bom dia de finalmente Sol em Porto Alegre!
as nuvens foram carregadas neste balão para outros mares,
que venha a maré iluminada!

(pintura de Vladimir Kush)
Ah, tudo é símbolo e analogia!
O vento que passa, a noite que esfria,
São outra coisa que a noite e o vento -
Sombras de vida e de pensamento.

Tudo o que vemos é outra coisa.
A maré vasta, a maré ansiosa,
É o eco de outra maré que está
Onde é real o mundo que há.

Tudo o que temos é esquecimento.
A noite fria, o passar do vento,
São sombras de mãos, cujos gestos são
A ilusão madre desta ilusão.

Fernando Pessoa