Poeminhas de Bar
#8
Simbólico
Simbiótico
Estrambólico
Robótico
Luminoso e Caótico
Como o neon vermelho-piscante de um bordel católico.
(Sissi Venturin, Diones Camargo, Kalisy Cabeda)
___________________________________________________
#9
Não há como querer mais
Quando nem sequer começou.
(Autor Desconhecido - Nível Máximo de Bebedeira!)
___________________________________________________
#10
O mistério da minha saúde adverte:
Incensos coloridos e artesanais
Evitam cálculos renais,
Geometrias abdominais
E nonsenses ancestrais
(Kalisy Cabeda e Diones Camargo)
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
domingo, 27 de dezembro de 2009
# 7
Poeminha de bar #7
A minha vida
É uma dança
Que se move
Como o diafragma de Shiva.
Trishula!
Gira, gira, gira
Às vezes sobe,
Às vezes desce,
E se incendeia e se desfaz e prevalece
E sempre
Acaba
No mesmo
Lugar. Ômmmmmmmm
(Diones Camargo e Kalisy Cabeda)
A minha vida
É uma dança
Que se move
Como o diafragma de Shiva.
Trishula!
Gira, gira, gira
Às vezes sobe,
Às vezes desce,
E se incendeia e se desfaz e prevalece
E sempre
Acaba
No mesmo
Lugar. Ômmmmmmmm
(Diones Camargo e Kalisy Cabeda)
# 6
Após uma longa pausa, cá estou eu de volta com aqueles poeminhas embriagados. Vou tentar postar todos do caderno antes de 2009 terminar, conforme havia prometido (clique aqui). Se eu não conseguir, não fiquem irritados comigo, ok? Lembrem-se apenas que sou procrastinador como qualquer um de vocês aí. Agora, se por acaso esse pensamento não os agradar, aproveitem e iniciem uma mudança radical em 2010, buscando ser o melhor possível! Da minha parte, só posso garantir que é o que eu venho tentando esse tempo todo... mas acabo sempre acabo deixando pra depois.
PS da Crítica Especializada: Atenção ao tom Plathiano à la Sexy Hot dos três últimos versos do poema. :D
Poeminha de Bar # 6
Barbas azuis
roçam
a minha cabeceira.
Suas bocas,
bafos de menta.
Suas orelhas
possuídas por pérolas
rondam a hora do adeus
Num telefone ocupado
A concha vazia -
Carcaças de navios negreiros.
Sem nenhum receio
Me banho em leite
E me sinto, me sinto, me sinto.
(Kalisy Cabeda e Diones Camargo)
PS da Crítica Especializada: Atenção ao tom Plathiano à la Sexy Hot dos três últimos versos do poema. :D
Poeminha de Bar # 6
Barbas azuis
roçam
a minha cabeceira.
Suas bocas,
bafos de menta.
Suas orelhas
possuídas por pérolas
rondam a hora do adeus
Num telefone ocupado
A concha vazia -
Carcaças de navios negreiros.
Sem nenhum receio
Me banho em leite
E me sinto, me sinto, me sinto.
(Kalisy Cabeda e Diones Camargo)
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Comentário sobre ALICE
A Gaby Benedyct foi à Fazendinha. Esteve no Chá de ALICE e postou um comentário que me deixou feliz feliz. Divido com meus colegas criadores de ALICE as honras. O comentário está nos blogs:
www.azulgaleria.com.br
www.artistasgauchos.com.br
www.azulgaleria.com.br
www.artistasgauchos.com.br
e abaixo:
ALICE de Sissi Venturin – Hibridismos entre Teatro e Artes Visuais
Assisti a última montagem da atriz e criadora Sissi Venturin, uma Alice no País das Maravilhas livremente adaptada da obra de Lewis Carroll. Uma apresentação/pré-estréia pra lá de VIP numa destas festas retiradas, numa fazenda onde só foi quem ficou sabendo ou conhecia o Coelho...
Todo o local em si já era mágico: um campo enorme iluminado por tochas, ambiente surreal perfeito para a montagem de uma lona iluminada no meio das árvores e onde o palco era demarcado por louça de chá. O público que se atinou primeiro, ao mesmo tempo platéia era também convidado do/da Chapeleiro Louco; os demais se acomodaram logo atrás, todos sentados em círculo sobre a lona no chão. No centro da lona, projeção. Nos pratos, novelos de lã, aspecto cênico não por acaso que se mostra fio condutor e coadjuvante da história adaptada por Sissi.
Dizer que eu farei uma análise crítica dos aspectos dramáticos desta apresentação seria ingênua presunção da minha parte já que, com certeza, críticos da área tem mais qualificação do que eu pra isso, mas, ouso, a partir de meus conhecimentos e experiências em artes visuais, e atuais estudos sobre performance, registrar impressões sobre este trabalho tão belo e ao mesmo tempo uma guilhotinada na mente. Logo, entenda-se minhas descrições visuais...
A concepção de figurinos, acessórios de cena, cenários, é ao mesmo tempo simples e sofisticada, já que tudo se passa sob uma lona iluminada ao ar livre, sem os recursos que bastidores de um teatro possam esconder. Pelo contrário, altamente criativos, Sissi e equipe (veja ficha técnica abaixo) trabalham fazendo-nos esquecer que trata-se de um monólogo, tal intensidade do ritmo criado pelas ricas sugestões visuais mescladas com a interpretação. A concepção de luz, e principalmente as projeções, são fundamentais para a construção das cenas, onde também vários momentos interagem ou mesmo substituem a atriz, protagonizando a ação, desviando/seduzindo nossa atenção enquanto ela troca de figurino.
E já que citei o monólogo, sustentado por Sissi, ao meu ver, magistralmente, com variações de ritmos, sutilezas sussurradas contrapostas por estridentes ânsias, com evidentes nuances de personagens, sua musicalidade sinistra e ao mesmo tempo sereia, mas enfim, essa não é minha área....ressalto seu domínio corporal/visual para a construção do momento Lagarta. Tenho certeza que todos na platéia viam em sua frente uma lagarta fumegante que se alternava simultaneamente com uma Alice curiosa, gerada apenas com a sugestão do próprio corpo da atriz. Ao final da cena, a forma como Sissi arqueia costas, seu movimento, demonstra estudo minucioso que não deixa dúvidas sobre o inseto fabuloso e atriz profissional que vemos. Afinal, não é de agora que Sissi mostra o quanto se entrega a seus personagens, não poupando corpo ou esforços para entregar ao público uma interpretação cujo limite é a absoluta imersão no personagem.
Sem querer estragar maiores surpresas, a fábula segue com corações que são compartilhados com o público, uma explosão de mashmellows e um cortar de cabeças aterrorizantes de uma enlouquecida rainha de copas. Não posso deixar de falar do figurino genial dessa rainha, com uma coroa que remete às relações entre loucura e poder pra lá de feminina, seu olhar de espelhos que sem focar ninguém também sugere uma engraçada cegueira e também de sua gola vitoriana que lhe permite morrer muitas vezes em cena. Depois dela, resta um final apoteótico que te deixa solitário em meio de uma fábula que se desvanece. Ficamos Alice´s....
Por último, esclareço que não sou parente nem amiga próxima, mal a conheço, no máximo posso dizer que sou muito fã e agradecida por proporcionar momentos de deslocamento da realidade com arte de boa qualidade. Logo, a quem me proporciona isto, justifica este texto para indicar aos meus amigos que corram pra ver quando ouvirem falar de futuras novas estréias (a princípio, prevista pra março 2010).
ALICE:
uma reflexão performática sobre a obra de Lewis Carroll
de Sissi Venturin
Cia. Espaço em BRANCO
Iluminação: Leonardo Machado
Operação de video e áudio: Leonardo Remor
Videos:
Concepção: Sissi Venturin
Direção: Leonardo Remor
Fotografia e Montagem: Tiago Coelho
Finalização de video e áudio: Marcos Lopes
Colaboração criativa, afetiva e intuitiva:
Marina Mendo e João de Ricardo
.
Assisti a última montagem da atriz e criadora Sissi Venturin, uma Alice no País das Maravilhas livremente adaptada da obra de Lewis Carroll. Uma apresentação/pré-estréia pra lá de VIP numa destas festas retiradas, numa fazenda onde só foi quem ficou sabendo ou conhecia o Coelho...
Todo o local em si já era mágico: um campo enorme iluminado por tochas, ambiente surreal perfeito para a montagem de uma lona iluminada no meio das árvores e onde o palco era demarcado por louça de chá. O público que se atinou primeiro, ao mesmo tempo platéia era também convidado do/da Chapeleiro Louco; os demais se acomodaram logo atrás, todos sentados em círculo sobre a lona no chão. No centro da lona, projeção. Nos pratos, novelos de lã, aspecto cênico não por acaso que se mostra fio condutor e coadjuvante da história adaptada por Sissi.
Dizer que eu farei uma análise crítica dos aspectos dramáticos desta apresentação seria ingênua presunção da minha parte já que, com certeza, críticos da área tem mais qualificação do que eu pra isso, mas, ouso, a partir de meus conhecimentos e experiências em artes visuais, e atuais estudos sobre performance, registrar impressões sobre este trabalho tão belo e ao mesmo tempo uma guilhotinada na mente. Logo, entenda-se minhas descrições visuais...
A concepção de figurinos, acessórios de cena, cenários, é ao mesmo tempo simples e sofisticada, já que tudo se passa sob uma lona iluminada ao ar livre, sem os recursos que bastidores de um teatro possam esconder. Pelo contrário, altamente criativos, Sissi e equipe (veja ficha técnica abaixo) trabalham fazendo-nos esquecer que trata-se de um monólogo, tal intensidade do ritmo criado pelas ricas sugestões visuais mescladas com a interpretação. A concepção de luz, e principalmente as projeções, são fundamentais para a construção das cenas, onde também vários momentos interagem ou mesmo substituem a atriz, protagonizando a ação, desviando/seduzindo nossa atenção enquanto ela troca de figurino.
E já que citei o monólogo, sustentado por Sissi, ao meu ver, magistralmente, com variações de ritmos, sutilezas sussurradas contrapostas por estridentes ânsias, com evidentes nuances de personagens, sua musicalidade sinistra e ao mesmo tempo sereia, mas enfim, essa não é minha área....ressalto seu domínio corporal/visual para a construção do momento Lagarta. Tenho certeza que todos na platéia viam em sua frente uma lagarta fumegante que se alternava simultaneamente com uma Alice curiosa, gerada apenas com a sugestão do próprio corpo da atriz. Ao final da cena, a forma como Sissi arqueia costas, seu movimento, demonstra estudo minucioso que não deixa dúvidas sobre o inseto fabuloso e atriz profissional que vemos. Afinal, não é de agora que Sissi mostra o quanto se entrega a seus personagens, não poupando corpo ou esforços para entregar ao público uma interpretação cujo limite é a absoluta imersão no personagem.
Sem querer estragar maiores surpresas, a fábula segue com corações que são compartilhados com o público, uma explosão de mashmellows e um cortar de cabeças aterrorizantes de uma enlouquecida rainha de copas. Não posso deixar de falar do figurino genial dessa rainha, com uma coroa que remete às relações entre loucura e poder pra lá de feminina, seu olhar de espelhos que sem focar ninguém também sugere uma engraçada cegueira e também de sua gola vitoriana que lhe permite morrer muitas vezes em cena. Depois dela, resta um final apoteótico que te deixa solitário em meio de uma fábula que se desvanece. Ficamos Alice´s....
Por último, esclareço que não sou parente nem amiga próxima, mal a conheço, no máximo posso dizer que sou muito fã e agradecida por proporcionar momentos de deslocamento da realidade com arte de boa qualidade. Logo, a quem me proporciona isto, justifica este texto para indicar aos meus amigos que corram pra ver quando ouvirem falar de futuras novas estréias (a princípio, prevista pra março 2010).
ALICE:
uma reflexão performática sobre a obra de Lewis Carroll
de Sissi Venturin
Cia. Espaço em BRANCO
Iluminação: Leonardo Machado
Operação de video e áudio: Leonardo Remor
Videos:
Concepção: Sissi Venturin
Direção: Leonardo Remor
Fotografia e Montagem: Tiago Coelho
Finalização de video e áudio: Marcos Lopes
Colaboração criativa, afetiva e intuitiva:
Marina Mendo e João de Ricardo
.
O murmúrio... dos chafarizes...
.
O murmúrio...
dos chafarizes...
O murmúrio...
dos chafarizes...
"A lua na sarjeta"
hoje eu recomendo A Lua na Sarjeta
(o filme é de Jean Jacques Beineix)
hoje eu recomendo A Lua na Sarjeta
(o filme é de Jean Jacques Beineix)
.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
:: Fazendinha:: sábado::
sábado, 19 dezembro
FAZENDINHA
PERFORMANCE
SISSI VENTURIN, livremente inspirada em ALICE de Lewis Carroll
DISCOTECAGEM
POOF
KEKA
LISANDRO BELLOTTO
& CONVIDADOS
BUTECO DA BARBARELA
com doses do famoso "PECADO"
brut geladissimo estará a tua espera, mas leva a tua taça.
VIDEOARTE
UM ANIMAL MENOR, de marcos contreras e pedro harres
SOBRE UM DIA QUALQUER, de leonardo remor
e tem o buraco da alice, o chá com alice, lago, vaquinhas, ovelhas e bedrooms pela mata
cartas falantes, cogumelos, caldinhos na madrugada
E QUANTO CUSTA?
20 reais para quem for com o bus do senhor coelho.
10 reais para os demais.
DETALHES DO ÔNIBUS
reserva teu lugar mandando o nome para um dos emails:
arqtipo@gmail.com
barbarelanicola@gmail.com
a lista de lugares já está rolando e são apenas 50 vagas.
o senhor coelho estará em frente ao jekyll, e parte 22 horas em direção à FAZENDINHA.
pague seu ingresso e embarque no expresso dos espelhos.
PARA QUEM VAI DE CARRO
segue um mapa esquemático extremamente didático.
na dúvida, serviço telefonico de orientação constam no MAPA.
FAZENDINHA
PERFORMANCE
SISSI VENTURIN, livremente inspirada em ALICE de Lewis Carroll
DISCOTECAGEM
POOF
KEKA
LISANDRO BELLOTTO
& CONVIDADOS
BUTECO DA BARBARELA
com doses do famoso "PECADO"
brut geladissimo estará a tua espera, mas leva a tua taça.
VIDEOARTE
UM ANIMAL MENOR, de marcos contreras e pedro harres
SOBRE UM DIA QUALQUER, de leonardo remor
e tem o buraco da alice, o chá com alice, lago, vaquinhas, ovelhas e bedrooms pela mata
cartas falantes, cogumelos, caldinhos na madrugada
E QUANTO CUSTA?
20 reais para quem for com o bus do senhor coelho.
10 reais para os demais.
DETALHES DO ÔNIBUS
reserva teu lugar mandando o nome para um dos emails:
arqtipo@gmail.com
barbarelanicola@gmail.com
a lista de lugares já está rolando e são apenas 50 vagas.
o senhor coelho estará em frente ao jekyll, e parte 22 horas em direção à FAZENDINHA.
pague seu ingresso e embarque no expresso dos espelhos.
PARA QUEM VAI DE CARRO
segue um mapa esquemático extremamente didático.
na dúvida, serviço telefonico de orientação constam no MAPA.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
mais água
Antes do aparecimento do espelho a pessoa não conhecia o próprio rosto senão refletido nas águas de um lago. Depois de certo tempo cada um é responsável pela cara que tem. Vou olhar agora a minha. É um rosto nu. E quando penso que inexiste um igual ao meu no mundo, fico de susto alegre. Nem nunca haverá. Nunca é o impossível. Gosto de nunca. Também gosto de sempre. Que há entre nunca e sempre que os liga tão indiretamente e intimamente?
No fundo de tudo há a aleluia.
Este instante é. Você que me lê é.
Custa-me crer que eu morra. Pois estou borbulhante numa frescura frígida. Minha vida vai ser longuíssima porque cada instante é. A impressão é que estou para nascer e não consigo.
Clarice Lispector
No fundo de tudo há a aleluia.
Este instante é. Você que me lê é.
Custa-me crer que eu morra. Pois estou borbulhante numa frescura frígida. Minha vida vai ser longuíssima porque cada instante é. A impressão é que estou para nascer e não consigo.
Clarice Lispector
domingo, 6 de dezembro de 2009
denise bourgeois
"Salve-me de meu suicídio, pai, que te salvarei de teu egoísmo"
Louise Bourgeois por Denise Stoklos
Denise está intensa e exagerada como sabe ser (ela mesma fala sobre o exagero na peça), o texto é amargo raivoso e engraçado, deu vontade de ler o livro, a peça foi fazendo mais sentido com o passar do tempo... até agora...
Hoje tem de novo, última apresentação da turne.
Denise Stoklos em "Louise Bourgeois: Faço, Desfaço, Refaço"
Theatro São Pedro - Poa/RS
06 de dezembro - domingo
às 18h
Galeria R$ 10,00, Camarote R$ 20,00, Platéia R$ 50,00
(Dica infame: comprei galeria e sentei na terceira fila da platéia!)
sábado, 5 de dezembro de 2009
!. A Kalisy ganhou o Prêmio .!
ohnirassap ocitsàlp ocas mu e arof àl edrev è erovrà a
a árvore é verde lá fora
e um saco plástico passarinho
e um saco plástico passarinho
Vestibular 2010 UERGS
Estão abertas as inscrições para os cursos de Artes (entre outros) da Universidade Estadual do RS (UERGS)
- Dança
- Música
- Teatro
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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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